O comércio eletrônico no Brasil faturou R$ 10,2 bilhões no primeiro semestre de 2012, um crescimento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados R$ 8,4 bilhões, revelou a 26ª edição da pesquisa WebShoppers, divulgada nesta quarta-feira (22) pela consultoria e-bit, empresa especializada em informações do setor.

Conforme a pesquisa, feita em 8 mil lojas virtuais, 5,6 milhões de pessoas fizeram a sua primeira compra on-line no primeiro semestre deste ano. Com isso, o Brasil já tem 37,6 milhões consumidores de comércio eletrônico, segundo a e-bit.

No período analisado, cerca de 29,6 milhões de encomendas foram feitas nas lojas virtuais brasileiras, com um tíquete médio de R$ 346. No primeiro semestre de 2011, foram registrados 25 milhões de pedidos. O Dia dos Namorados e o Dia das Mães contribuíram com R$ 1,7 bilhão, ou 16,6%, do total faturado no primeiro semestre, segundo a e-bit.

Previsão
A consultoria espera que, no segundo semestre de 2012, o setor cresça 20% em relação ao mesmo período do ano passado, faturando mais R$ 12,2 bilhões no período. Com isso, o Brasil fecharia o ano com um faturamento total de R$ 22,5 bilhões, um crescimento de 20% em relação a 2011.

O mercado de compras coletivas totalizou mais de 12 milhões de cupons vendidos a um ticket médio de R$ 60 no primeiro semestre. Foram 83.233 ofertas anunciadas, cujos descontos geraram uma economia de R$ 1,4 bilhão para os brasileiros, conforme a pesquisa.

Em junho, 1,3% das compras on-line foram realizadas por meio de aparelhos móveis, como smartphones e tablets. No mesmo período de 2011, esse indicador era de 0,3%. A maioria dos consumidores on-line que usaram esses dispositivos são mulheres, com participação de 53%.

Amazon
A pesquisa da e-bit revelou que, enquanto o tíquete médio de compras feitas fora do país é de R$ 158, na Amazon, a gigante varejista dos EUA, é de R$ 172. O valor é ainda inferior à concorrente BestBuy, que registrou um tíquete médio de R$ 212 dos brasileiros.

Conforme o estudo, 26% dos clientes que já compraram na Amazon já ouviram falar que a empresa americana terá uma loja no Brasil em breve. Somente 4% informaram que não comprariam na Amazon do Brasil, enquanto 48% compraria um produto na gigante americana.